A Educação Permanente em Saúde (EPS) foi instituída como política estratégica de fortalecimento do SUS e destaca o potencial de protagonismo e mudança entre os próprios trabalhadores nos serviços. Esse estudo teve como proposta analisar o processo de gestão da EPS na V Gerência Regional de Saúde (V GERES) e seu território de abrangência no Estado de Pernambuco. Nesse intento, buscou identificar os instrumentos que norteiam a gestão da EPS, apontar e descrever os espaços de discussão voltados para este processo e conhecer quais atores são mobilizados para construção desta gestão. Trata-se de uma Pesquisa Documental com abordagem qualitativa, com documentos oriundos da já citada instituição, no período demarcado entre 2007-2017, sendo utilizada a Análise de Conteúdo para discussão dos dados encontrados. A partir da pesquisa realizada, foi possível identificar quatro aspectos importantes: a importância do registro dos documentos para planejamento e avaliação da EPS enquanto política; diferentes concepções de EPS entre os atores envolvidos; participação pouco expressiva dos seguimentos que possuem representação nos espaços de discussão; e necessidade de problematizar as instâncias regionais enquanto espaço de governança e de transformação na gestão da EPS no SUS. É identificado que a mudança no processo de trabalho precisa iniciar na gestão.
Palavras-chave: Regionalização; Descentralização; Gestão em Saúde; Educação em Saúde.