RESUMO O trabalho realiza uma análise epidemiológica dos casos de tuberculose da IX Região de Saúde de Pernambuco que evoluíram para o óbito. Trata-se de um estudo quantitativo, retrospectivo, descritivo com cruzamento de variáveis dos Sistemas de Informação em Saúde de morbidade e mortalidade (SINAN e SIM) no período de 2012 a 2016. No período de 2012 a 2016 foram registrados 33 óbitos tendo como causa básica códigos correspondentes a tuberculose no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), 15 (45,4%) deles notificados no SINAN e apenas 7 apresentavam o registro da evolução para óbito por TB. O SINAN registrou no período 09 evoluções para óbito. No tocante ao perfil dos óbitos a idade mínima dos casos foi de 25 anos e máxima de 96 anos, raça/cor parda (81,8%), predominância do sexo masculino (60,6%), nenhum ano de estudo concluído (36,4%), os óbitos ocorreram em suma maioria no ambiente Hospitalar (72,7%). A forma clinica pulmonar esteve presente em 90,9% dos óbitos. O risco de morrer por TB na IX Região de Saúde nos anos de 2014 e 2015 foram maiores do que os verificados no Brasil durante o mesmo período. A mortalidade por tuberculose ainda representa um importante problema de saúde pública para o Estado de Pernambuco bem como na IX Região de Saúde. A subnotificação de 54,5% dos casos de TB que evoluíram para óbito sem a notificação no SINAN, que é o principal sistema de registro de TB no Brasil corrobora para o desconhecimento dos casos pelo PMCT e dos fatores determinantes e condicionantes para o desfecho. E ainda aponta para a ausência de estratégias que minimizem a disseminação da doença. Conclui-se que o controle da TB ainda permanece como um desafio, tornando-se importante uma aproximação entre os setores de vigilância epidemiológica, de vigilância do óbito e principalmente a atenção básica.
Palavras-chave: Tuberculose; Sistema de Informação em Saúde; Mortalidade.