Objetivo do estudo: conhecer a percepção de profissionais da atenção primária à saúde, de um município do sertão de Pernambuco, sobre a violência contra mulher e a notificação compulsória dos casos atendidos na rede. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, quanti-qualitativo, realizado a partir de dados epidemiológicos das notificações de violência contra mulher registrados no SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação), no período de 2012 a 2016, e de entrevistas semiestruturadas, com participação de 12 profissionais de três Estratégias de Saúde da Família. Os dados quantitativos foram descritos em frequências absolutas e relativas e os qualitativos foram submetidos à análise de conteúdo, codificados, categorizados e discutidos à luz da revisão de literatura. Resultados: Emergem dos dados tanto o reconhecimento teórico dos profissionais sobre violência contra mulher quanto desconhecimento da estratégia de notificação compulsória. Conclusão: Observa-se que a invisibilidade dos casos de violência contra a mulher na atenção primária à saúde, podem dificultar as ações de atendimento integral das redes de atenção, proteção e garantia de direitos no enfrentamento a este problema.
Palavras-chave: Violência de Gênero, Notificação Compulsória, Atenção Básica